terça-feira, 30 de outubro de 2007

Filósofo medieval: Santo Tomás de Aquino


Impressionou-me a dimensão da obra de Tomás de Aquino, quer seja na sua produtividade, quer seja na sua intencionalidade. Com estratégia e brilhantismo, próprio das mentes privilegiadas soube mesclar as luzes de Aristóteles para clarificar o Cristianismo.
Na concepção de Aristóteles, também adotada por Tomás de Aquino, toda substância corpórea é dualista composta de partes complementares, uma indeterminada e passiva, que é a matéria e outra determinante e ativa que é a forma.
A Ontologia Tomista reside no preceito que o ser compõe-se de ato e potência. Sendo o ato, equivalente à realidade e à perfeição. Potência seria então, a não-realidade e a imperfeição. Somente em DEUS, ato e potência seriam a mesma coisa. Deus é o ato puro, é o ser pleno e completo. Deus é o ser necessário e absoluto, portanto inquestionável, mas com existência racionalmente provável; portanto independente de toda a questão filosófica. Concluímos daí, de acordo com seu ensinamento que à Filosofia cabem os problemas do mundo e à Teologia o conhecimento racional, demonstrado e provado da existência de Deus.
Com relação à alma, entendo que Tomás de Aquino considera haver o princípio da vida contido no ser. No homem existe a alma espiritual, superior e que o transcende. Ela seria imaterial e imortal onde manifestam as atividades do intelecto e da vontade é a alma racional.
Às plantas, atribui-lhes a alma vegetativa (que se alimenta, cresce e se reproduz). Aos animais, a alma sensitiva (que se alimenta, cresce, se reproduz, sente e se move). A alma racional (do homem) faz tudo isso e ainda pode entender e querer, sendo por conseguinte, uma alma superior. Apesar da alma espiritual ser única a cada pessoa e imortal, ela só terá vida plena em um corpo.

SALETE MICCHELINI

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