quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Como enfrentar o Capitalismo?



O sistema capitalista impõe um modo de vida competitivo, individualista e consumista. A cada dia, novas necessidades são criadas e a população está sempre seduzida a consumir. A satisfação dos desejos que surgem ficam praticamente impossível, pois eles são infindáveis.
É a substituição do SER pelo TER. De um lado está uma minoria poderosa de donos dos meios de produção e do outro a maioria de trabalhadores que dispõem apenas de sua força de trabalho para ser explorado.
Com a crescente “globalização”, o mercado mundial adquiriu uma característica de capitalismo monopolista, onde as grandes empresas monopolizam o mercado ditando as regras da vida financeira e imprimindo suas decisões à população.
A propaganda assumiu um papel importantíssimo, direcionando e manipulando as vontades do consumidor. O supérfluo vira produto de primeira necessidade.
A chamada Indústria Cultural vai modificando os conceitos e valores, que se distanciam cada vez mais da Ética e da Moral.
Com a situação estabelecida, a saída está na resistência cultural, na inclusão social, na retomada da solidariedade, da cooperação com serviços voluntários, na conscientização da voracidade desse modelo capitalista, na contestação dos valores vigentes, na promoção dos valores éticos e morais, na busca pela igualdade social e a implementação do desenvolvimento sustentável.
Aos poucos, os alicerces do padrão civilizatório capitalista vai sendo minado até ser rompido.
Dando lugar para que um novo modelo possa se desenvolver e ser instituído.
SALETE MICCHELINI



Poema: O presente não é imutável
Autor: Bertolt Brecht (1898-1956)


Nós vos pedimos com insistência:
Não digam nunca: “Isso é natural!”
Diante dos acontecimentos de cada dia
Numa época em que reina a confusão
Em que corre sangue
Em que o arbitrário tem força de lei
Em que a humanidade se desumaniza,
Não diga nunca: “Isso é natural!”
Para que nada passe a ser imutável!

Um comentário:

Unknown disse...

Gostaria de saber, qual a relação entre a filosofia e esse poema de Bertolt Brecht?