segunda-feira, 28 de abril de 2008

Como posso ser feliz?

Recorro-me a Mahatma Gandhi quando disse: “Não existe um caminho para a felicidade; a felicidade é o caminho.” A subjetividade da questão traz algumas divergências, porém minha concordância com a frase de Gandhi está no fato de que não devemos adiar nossa felicidade a situações futuras. O presente é a morada da felicidade e depende de cada um vivenciá-lo bem e feliz.
A felicidade não pode ser hipotecada à partícula SE... mas deve brotar, homeopaticamente, em momentos únicos que podem passar despercebidos. Dessa forma, abre-se um leque de possibilidade para ser feliz: desde respirar o ar fresco da manhã, afagar o bichinho de estimação até prestar serviço voluntário numa ação social. É fato que existem inúmeras situações de sofrimento ao nosso redor que podem comprometer nossa felicidade. Mas, é aí que se encontra a prova crucial para nossa capacidade de nos conduzirmos no caminho do bem estar.
A felicidade surgirá no ato solidário, na atenção dispensada ao próximo, na palavra amiga e generosa que poderá gerar uma ação transformadora da realidade. Cultivar bons pensamentos, direcionar o olhar para a natureza, acolher e ajudar ao próximo dentro de nossas possibilidades, saborear um copo de água fresca... tudo isso pode somar instantes felizes que formarão minutos felizes e horas felizes.
Para concluir, seria bem mais fácil apontar onde a felicidade NÃO está! Ela não se encontra numa cirurgia plástica, no último modelo de carro, em relógios e jóias de ouro, em roupas de grife ou nas mansões...Sabe por quê? Porque poucas pessoas têm tudo isso, assim sendo, o restante estaria condenado à infelicidade. O que ocorre é justamente o oposto, pois a felicidade não está atrelada a coisas ou bens exteriores. Pessoas que possuem ou podem comprar tudo, teriam que ser obrigatoriamente felizes... e não o são! Enfim, a felicidade não é algo que se conquista fora de nós mesmos, porque ela mora dentro de nós e no momento presente!

Salete Micchelini

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